Pílula do dia seguinte: conquista que não deve ser banalizada
Postado em 13/11/2019
Os métodos
anticoncepcionais evoluíram muito nos últimos tempos. Já contamos inclusive
com medicamentos que previnem uma gravidez
indesejada ou forçada mesmo quando a mulher não utiliza nenhum contraceptivo no dia a dia.
Apesar de o uso de anticoncepcionais ser realizado há décadas, a anticoncepção
de emergência, comumente chamada de pílula do dia seguinte, é algo
relativamente recente e passou a despertar maior interesse, ganhando difusão
entre o público em geral, principalmente entre mulheres que não se valem dos
métodos preventivos de longa duração ou se encontram em situação de risco de
uma gestação inoportuna.
A maioria dos anticonceptivos atua de forma a evitar a gravidez antes ou durante a relação sexual. Já a pílula do dia seguinte dispõe de
compostos hormonais concentrados e por curto período de tempo, agindo nos dias
posteriores à relação sexual.
Diferentemente de outros métodos, sua indicação é reservada a situações
especiais ou de exceção, com o objetivo de prevenir
a gravidez. Seu mecanismo de ação impede o encontro do espermatozoide com o
óvulo. Portanto, não pode ser encarada como tática abortiva.
O uso correto
Essa forma de prevenção emergencial é facilmente encontrada em farmácias, e sua
venda é feita sem prescrição. Nos serviços públicos de saúde, tanto na atenção
básica quanto no atendimento à vítima de violência sexual, é oferecido
gratuitamente o levonorgestrel de 0,75 mg.
A medicação deve ser administrada pela mulher tão rápido quanto possível e,
preferencialmente, em dose única dentro dos cinco dias que sucedem a relação
sexual. As pessoas têm muitas dúvidas sobre os riscos e os benefícios do comprimido. Existem, de fato, alguns efeitos
colaterais, tais como náuseas e vômitos, vertigem, dor de cabeça e nas mamas.
Mas a pílula não provoca sangramento vaginal nem altera significativamente o
ciclo menstrual.
O principal alerta é que o uso repetitivo ou frequente pode comprometer sua
eficácia. É importante lembrar que os contraceptivos orais, sejam os de uso contínuo,
seja o emergencial, não protegem o organismo de infecções sexualmente
transmissíveis (HIV, sífilis etc.) — esse papel é desempenhado somente pelos
preservativos masculino e feminino.
A pílula do dia seguinte é, sem
dúvida, uma conquista das mulheres, mas não deve ser vista como opção de contracepção rotineira. Ter fácil
acesso a um método de emergência não significa que seu uso deve ser banalizado.
Procure um médico de sua confiança e
tire mais dúvida com relação a esse e outros métodos contraceptivos.
O ASSIM SAÚDE dá
dicas importantes sobre a saúde da mulher.